À conversa com Jorge Nice sobre a Feira de Sant’Iago

Setúbal recebeu-o de braços abertos há 17 anos e desde então já todos sabem as letras das suas músicas, um espelho da alma sadina. Estivemos à conversa com Jorge Nice, que se prepara para subir ao Palco Bares da Feira de Sant’Iago esta quinta-feira às 20h00.

Jorge Manuel Leandro, mais conhecido por Jorge Nice, olha para a Feira de Sant’Iago com um sentimento de carinho especial. Afinal de contas, a feira maior dos setubalenses sempre o recebeu bem de todas as vezes que nela atuou. “Onde sou bem recebido, para mim é bom”, começa por dizer o cantor numa conversa descontraída pelo recinto da Feira de Sant’Iago.

Jorge Nice só vive em Setúbal há 17 anos, mas conhece bem a feira, tanto nas Manteigadas – onde o certame se realiza há 15 anos –, como na Avenida Luísa Todi. “Antes de vir viver para Setúbal tocava nuns bares na avenida e isso coincidia com a feira”, explica. “A feira perdeu um bocado a mística que tinha e há muita gente que vive desse saudosismo. Eu acho que o que faz as festas são as pessoas”.

“Vou a montes de terras e locais com festas que não têm um décimo dos meios que estão aqui empregues, e aquilo é uma loucura”, continua Jorge Nice. Na atuação que vai fazer no Palco Bares, esta quinta-feira às 20h00, o ambiente vai ser mais tranquilo, enquanto as pessoas jantam nas rulotes de bifanas, mas igualmente animado, ao som dos seus mais conhecimentos temas.

É bom lembrar que Jorge Nice já soma 30 anos de carreira profissional na música, sendo autor de músicas tão conhecidas como as “Visigodo”, alusiva ao Bairro do Viso, em Setúbal, e a “Apá Zé, Que Peixe é?”. De uma forma ou de outra, todas elas fazem um retrato das gentes, cultura e costumes de Setúbal, homenageando-as com um pouco de sotaque charroco.

Foto: PJOliveira