Juntas de Freguesia de Setúbal brilham na Feira de Sant’Iago

Da lota dos pescadores aos viveiros de ostras, dos petiscos do mar ao moscatel, no espaço expositivo dinamizado pelas juntas de freguesia do concelho de Setúbal faz-se uma viagem pelo que elas têm de melhor a nível cultural, material, imaterial e gastronómico. Um convite a conhecer Setúbal logo à entrada do Pavilhão Institucional e Empresarial da Feira de Sant’Iago.

É quase impossível não olhar para os painéis que se iluminam no centro do percurso inicial, desde o pórtico da entrada da feira ao Pavilhão Multiusos das Manteigadas. Em destaque, grandes fotografias que ilustram as riquezas dos territórios das várias juntas de freguesia do concelho, da freguesia de Azeitão à freguesia da Gâmbia - Pontes – Alto da Guerra.

Além destas, também as juntas de freguesia de São Sebastião, do Sado e a União de Freguesias de Setúbal (que aglutinou as freguesias de Nossa Senhora da Anunciada, de Santa Maria da Graça e de S. Julião) figuram nesta exposição com lugar destacado na feira. Visitando-a, fica-se a conhecer um pouco do que cada uma tem para oferecer.

Em Azeitão, por exemplo, há vinhas a perder de vista, campos agrícolas, património, gente e sabores. Gâmbia – Pontes – Alto da Guerra são, por sua vez, berço das famosas ostras de Setúbal, criadas em plena Reserva Natural do Estuário do Sado. Sabores que se juntam à “festa constante” temperada por bebidas e petiscos.

Na Junta de Freguesia de São Sebastião, que concentra quase metade da população do concelho, não há quem fique com fome: há choco frito, salmonete e outros pratos de peixe, em harmonia com os “sabores multiculturais” espelho da sua heterogeneidade social. Feiras de chocolate e de fumeiro são outros dos atrativos.

Já da freguesia que tomou o nome ao rio azul – o Sado – chegam também ostras e outros petiscos ribeirinhos e marítimos. Numa lógica de locais para visitar, destaque incontornável para o Moinho de Maré da Mourisca, recuperado, e onde ainda se pode admirar um mini cais palafítico, usado por pescadores, a lembrar o da Carrasqueira, na Comporta.

“A pertença e identidade setubalenses estão espelhadas nos rostos e nas mãos das gentes do mar” que moram no território da União das Freguesias de Setúbal. Sendo, também, da Doca dos Pescadores que embarcam “contadores de histórias, guardiões de memórias e confidentes de um profundo azul”. Do rio, para o rio e pelo rio, assim se apresenta Setúbal.

Homenagem ao Zé dos Gatos

A mascote anda a passear pela Feira de Sant’Iago e ninguém lhe fica indiferente. Como não adorar o personagem de barba castanha cerrada, grandes olhos pretos e casaco comprido? Na verdade, não se trata de um simples figurante contratado para animar os visitantes – trata-se de uma divertida e simpática homenagem a José Maria Tavares, mítica figura de Setúbal que ficou para sempre conhecida como Zé dos Gatos.

Consta que chegou a viver com oitenta deles em casa. Adorava-os quase mais que a si próprio e na rua, ai de quem ousasse maltratar algum animal à sua frente. Assim nasceu a alcunha para este homem, cujo aspeto “excêntrico” - mas em tudo irreverente e castiço - lhe valeu também a alcunha de Zé Maluco. Quem quiser pode tirar uma “zelfie” com a mascote, como recordação, à entrada do Pavilhão Institucional e Empresarial.